Sintomas e Precauções contra H1N1

Olá queridos leitores!!

Dizem que no hospital é onde estamos mais protegidos. Mas isso quando o paciente já está com diagnóstico definido e em tratamento. Muitas vezes, os pacientes chegam à unidade em que trabalho com hipóteses diagnosticas é só após os exames é confirmado o diagnóstico.

Por isso, fui entrevistar a Malu, infectologista da unidade de Moléstias Infecciosas do Instituto Central do Hospital das Clinicas da FMUSP. Venha saber mais!!

h1n1

1) Quais os sinais e sintomas que devemos estar atentos?

Os sinais e sintomas sao mais intensos que o resfriado comum, mas tambem ocorre principalmente febre alta, dor de garganta, dor no corpo e os sintomas de resfriado, coriza. dor no corpo que debilita, por isso confunde com dengue.

2) Qual o diagnóstico diferencial para H1N1?

A diferença são os sintomas respiratórios que a dengue não tem. A dengue não costuma causar coriza ou tosse, mas a febre e mialgia (dor muscular) são semelhantes. O resfriado comum também não causa febre.

3) Quais os meios de transmissão?

A forma de transmissão ocorre por gotículas, que é quando a pessoa entra em contato com a secreção respiratória de um indivíduo infectado. Essa transmissão ocorre no raio de 1 metro da pessoa infectada, por tosse. Mas, existe outra forma de transmissão que é por aerosol e ocorre quando profissionais de saúde  vão fazer algum procedimento que pode aerosolizar essas secreções, como por exemplo, aspiração traqueal, intubação, reanimação.

4) É verdade que o surto se antecipou devido à haver muitos brasileiros retornando do inverno americano onde o vírus já estava em atividade ?

Sim, é a hipótese mais provável. O vírus ficou circulando por mais tempo e o fluxo de pessoas de lá para cá pode ter adiantado o surto, mas ainda não temos certeza dessa hipótese.

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5) Após iniciar medicação, o indivíduo ainda transmite o vírus ?

Enquanto tiver febre o indivíduo pode transmitir. A recomendação do CDC (Centers of Disease Control and Prevention) é isolar o indivíduo até ele permanecer 24 horas sem febre. Os pacientes imunodeprimidos, que são os transplantados, com doenças hematológicas, HIV positivo, entre outros podem liberar o virus por mais tempo. Há relatos de até 90 dias que esses indivíduos podem transmitir o virus. Eles podem ficar sem sintomas mas ainda transmitir o virus. Em indivíduos sem comorbidades, 24 horas sem febre ja não transmitem mais.
No hospital, os pacientes com diagnóstico de H1N1 ficam no mínimo 5 dias isolados, que é o período de maior risco de transmissão. Até permanecerem 24 horas sem febre.

6) Além da vacina, quais precauções devemos ter para evitar o contagio ?

Além da vacinação, é muito importante a etiqueta da tosse, sempre que for tossir cobrir a tosse e SEMPRE higienizar as mãos. Se houver alguém tossindo em casa, no trabalho, é muito importante higienizar as mãos, porque a pessoa entra em contato com a própria secreção e depois encosta nos locais comuns. Tanto faz ser com água e sabão ou álcool gel. Quem puder, sempre carregar seu álcool gel para higienizar as mãos. É a melhor forma de evitar.

7) As manifestações clínicas são diferentes em adultos e bebês?

Bebês apresentam sintomas menos específicos. Eles podem ficar mais hipoativos, mais sonolentos ou mais agitados que o comum. Em geral, coriza e respiração rápida, com esforço e febre alta. Devido aos sintomas serem inespecíficos em bebês, os dados epidemiológicos de quem esteve próximo que vai ajudar a identificar a doença. Se esteve alguém resfriado ou gripado por perto, se entrou em contato com alguém infectado.

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8) Qual o risco de aborto se uma gestante adquirir o vírus ?

A maior população que houveram óbitos no primeiro surto em 2009 foram de gestantes. O estado de saúde da gestante é o que mais nos preocupa. No caso, se a gestante estiver em estado grave e com idade gestacional compatível com a vida, o que é indicado é a cesárea de urgência, então, o bebê acaba nascendo prematuro. Mas com relação ao aborto: sim, dependendo da gravidade do quadro, pode levar tanto ao aborto quanto ao parto prematuro. Mas isso esta relacionado a infecção na gestante, qualquer outra infecção grave pode causar problemas.

Entrevista feita com a Dra. Maria Luísa Moura, médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e especialista em infectologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva de Moléstias Infecciosas.

Foi um prazer entrevistá-la Malu!!! Obrigado pela colaboração!

Espero que tenham gostado tanto quanto eu. Informação de fonte segura e confiável nunca é demais. Aproveitem!!

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